Os números de pessoas com sobrepeso e obesidade vem aumentando em números
alarmantes em todo o mundo, sendo considerado um dos principais problemas de
saúde da atualidade. Segundo pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em
2011, o número de brasileiros acima do peso está em 48,5% da população. O
estudo também revelou que o sobrepeso é maior entre os homens, sendo que 52,6%
está acima do peso ideal. Par as mulheres, esse valor ficou em 44,7%.
A gordura abdominal é um fator de risco para várias doenças. Mas, o que
você talvez não saiba, é que existem 2 tipos de gorduras abdominais: a gordura
subcutânea e a gordura visceral. A gordura subcutânea é a que está frente aos
músculos abdominais, e a gordura visceral é a que se acumula ao redor dos órgão
internos, como o fígado por exemplo. Ambas são prejudiciais à nossa saúde,
porém estudos mostram que a visceral é a que traz mais fatores
de risco ao organismo.
Uma das formas de saber se a gordura visceral está prejudicando a sua
saúde, é fazendo uma medida simples e confiável: medir a cintura com uma fita
métrica, calculada entre o ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca
(aquele "ossinho" localizado no quadril). As medidas ideais são as
que, para as mulheres, não ultrapassem os 88 centímetros e para os homens, 102
centímetros. Uma análise precisa poderá feita apenas por especialistas, com
exames específicos.
Caso as medidas sejam maiores do que as ideais, há maiores riscos de
desenvolver as doenças relacionadas a este tipo de gordura. Entre elas, estão:
-Resistência à ação da insulina e consequentemente aumento dos níveis de
glicose no sangue;
-Diabetes;
-Altos níveis de triglicerídeos;
-Baixos níveis de HDL colesterol (colesterol “bom”);
-Aumento da gordura hepática;
-Hipertensão arterial;
-Alterações hormonais;
-Doenças cardiovasculares, como AVC e o Infarto do miocárdio (o excesso
de gordura promovem a formação de placas que podem obstruir os vasos
sanguíneos).
O tratamento mais indicado para perda de gordura visceral e subcultânea
requer mudanças no estilo de vida visando perda de peso, como uma alimentação
equilibrada, rica em frutas, legumes verduras, oleaginosas, carnes magras,
pescados, com baixo consumo de alimentos industrializados ultraprocessados, e
atividade física, ambos com orientação profissional. Para quem já tem um quadro
de saúde relacionado a outras doenças, deve fazer o acompanhamento médico
específico e nutricionista.
Referências
http://exame.abril.com.br/estilo-de-vida/noticias/conheca-os-perigos-da-gordura-abdominal
http://bases.bireme.br/cgi-bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=435150&indexSearch=ID
http://www.endocrino.org.br/numeros-da-obesidade-no-brasil/
http://www.inca.gov.br/inquerito/docs/sobrepesoobesidade.pdf
Escrito por: Caroline Salaroli e Carla Harenza - alunas do curso Técnico em Nutrição e Dietética do Senac-SP
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